quarta-feira, 13 de maio de 2015

À relevância do amor

Os personagens, as máscaras e os comportamentos "desajustados" são os sintomas da criança "vazia" que anseia pelo olhar materno e segurança dos braços firmes de um pai cuidador. A ausência da figura adulta de pais amáveis é ponto crucial tanto quanto essencial para o desenvolvimento sadio do self. A negligência do apego seguro, dos primeiros vínculo, do holding, e da transmissão de bençãos na identidade em construção, proporcionará adultos famintos, e ávidos por amor.

 "Pais amai vossos filhos"

O amor não previne apenas um futuro de dores como possibilitará seres aptos a serem úteis pra sociedade, pra si mesmos e para as gerações futuras. O amor não se resume a boas palavras por breves períodos, ou cercar alguém de luxo e riquezas. O amor é o reconhecimento legítimo do outro. É abençoar a identidade, é oferecer estabilidade emocional, vinculo confiável e maturidade pra encorajar o crescimento. O amor mostra a verdade com os recursos do amor. Simplicidade e bondade

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Como ir embora?


Agarrada a um vislumbre futuro de coisas mil que poderia desenvolver e viver. Lancei as energias no futuro. Projetei meu coração na esperança de uma vida melhor. Seria tudo fantasia da minha cabeça? Fuga? Me vi indo embora de tudo o que vivi até aqui. Desejei começar do zero, e fazer tudo novo. Mas essa coisa de ir embora seria fulga da realidade sombria desses últimos dias? Querer ir embora, é querer fugir? Pois então... Não fui. Fiquei, e vi as esperanças petrificadas no inanimado. Senti-me derrotada e impotente de mudar tudo. As forças se esvaíram como areia movediça. Me vi engolida e atropelada pela loucura dos dias, da velha rotina. Perdi o foco no futuro, pelo inevitável presente que corrói momento a momento. E hoje me vi desistente de ir. Medrosa do por vir, de me lançar novamente à esperança de uma vida nova e outras aspirações. Agarrada a um devaneio absurdo de querer ficar e recomeçar com quem já passou. Que não quer pensar. Nem mais estar. Me pergunto o que devo fazer? Se minha razão luta em proteger-me da dor que me causa ainda mais terror. Não quero mais sentir o hoje (com toda essa dor e melancolia). Me recuso a continuar agarrada as lembranças do que passou e se foi. E não será! Me recuso a continuar presa na falsa esperança do religar o que eu mesma quebrei. Mas embora não queira mais viver isso. Nem desejar o óbvio. Tenho medo de nutrir expectativas futuras. Reunir o resto das forças nas coisas do por vir me apavoram. Confrontam-me a dualidade dos temores que me assustam. Lançar-me no amanhã representa esquecer as coisas que vivi e não quero mais deixar. E no fundo a dor, seja dor pela negativa de um e outro. Essa confusão enfraquece as forças para lutar em qualquer um dos lados. Não suporto mais as lágrimas insistentes deformando à face, e esmagando a vida. É mais que não respirar momentaneamente, é brincar de viver !