segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Paradoxo





Nesses últimos dias tenho abafado, uma dor silenciosa, desse novo/velho dilema. Me parece que velhos conflitos vestem roupas novas na tentativa de parecerem inéditos. 
Nem sempre uma dor de cabeça é simplesmente uma dor de cabeça por questões puramente fisiológicas. Assim como outros diversos sintomas não devem ser analisados de maneira isolada. Com certeza o sintoma em sua maioria são apenas as pontas de um grande iceberg. A investigação de um sintoma deve-se levar em consideração o contexto, e suas peculiaridades. Por vezes... Acaba-se descobrindo o quanto suas raízes são mais profundas do que se imaginava.

Ando incomodada, com um incomodo que me é familiar. Por vezes um pensamento acompanhado de questionamentos quaisquer, somado aos sentimentos de medo desse meu peculiar funcionamento, me disparam angustia. O que quero isso não faço, o que faço isso não aprovo, mas o que aborreço, o que detesto isso faço. Paradoxo, antigo e enfadonho.
Existe um tal contra senso entre o que quero e o que de fato tenho conseguido realizar.
que fazer então? Se odeio a incompletude porque não completo? Se abomino a desorganização e indisciplina porque simplesmente não me ordeno e organizo? 
Não tenho conseguido reunir os itens necessários para uma catarse, para um insigth induzido. Precisaria de mais coragem, talvez até mesmo mais fé, para poder mexer nesse pilar delicado, delicado somente por que sei que é dolorido tentar remove-lo, existe a anos, sempre inamovível. Parece até impossível fazer algo por isso.
Todavia o que serve de refrigério e consolo é saber que os pecadores arrependidos não têm motivo de desesperar-se por lhes serem lembrado suas transgressões e serem advertidos do perigo em que se encontram. Esses próprios esforços em seu favor indicam o quanto Deus os ama e deseja lapidar. Os patriarcas e apóstolos embora sujeitos às fragilidades humanas, obtiveram, pela fé, boa reputação, combateram seus combates nas forças do Senhor, e venceram gloriosamente. Assim, podemos confiar na virtude do sacrifício expiatório, e sermos vencedores no nome de Jesus.
A humanidade é a humanidade em todo o mundo, desde os tempos de adão, até a geração atual; e o amor de Deus é, através de todos os séculos, um amor incomparável.  Por isso, e tao somente por isso posso, parar respirar. Voltar para o caminho, e confiar em Sua guia.

sábado, 13 de agosto de 2011

Correndo?



A vida é uma competição na qual todos os participantes estão correndo febrilmente para chegar a um destino. Eles correm com exuberância e tenacidade para atingir um alvo que parece escapar-lhes, contudo se preparam a cada dia para correr e se dirigem novamente para a pista, esforçando-se ao máximo para obter algum grau de sucesso.
Essa corrida não começa quando chegamos à idade adulta e entramos no mundo profissional. Não, é uma corrida que começa no útero e, ao contar três acompanhados dos gemidos de nossa mãe, saímos correndo. Bem no fundo todos queremos a mesma coisa, e passamos a vida inteira a sua procura.
Por trás da tragédia e atrocidades que acontecem na vida, a um sonhador esperançoso que deseja encontrar a resposta para a vida antes que as perguntas cheguem aos seus ouvidos em altos brados. A vida tem um modo especial de fazer perguntas que exigem respostas imediatas, e parece que irá castigar-nos por não conhecermos as respostas certas.
Quase todos os desgostos que temos hoje surgiram quando a vida fez uma pergunta em que não sabíamos as respostas. E essa é a verdadeira corrida da nossa existência: Saber as respostas antes que a vida faça as perguntas. É como se a arte da vida fosse saber o que nos propomos e fixá-los antes de a campainha tocar, a aula terminar, e a noite chegar. O tempo passa, o dia se acaba, a vida vai esmorecendo. Devemos aprender enquanto há luz, para podermos fazer nossas escolhas quando estiver escuro.


E essa Luz se chama Jesus. 
Lâmpada para os nossos pés e luz para o meu caminho é a tua palavra.  Salmos 119:105



segunda-feira, 18 de abril de 2011

Livres para sermos belas

Nesta era pós-moderna, uma suposta liberdade parece ser a nota tônica. Somos livres para pensar o que quisermos, nos relacionar com quem quisermos, viver da forma que quisermos, adorar a quem quisermos, nos vestir como quisermos… será?

Tenho pensado muito sobre isto nas últimas semanas. Como somos enganados por esta suposta liberdade! Uma suposta liberdade que a modernidade e a ampliação de direitos nos faz pensar que temos.
Meu pensamento tem se voltado, mais recentemente, para a temática da beleza. Será que somos livres para sermos belas? Até que ponto eu posso de fato agir com liberdade ao escolher a forma como me visto, ou penteio meu cabelo, ou apresento meu rosto? Se pegarmos algumas revistas femininas para ler, ou nos detivermos por alguns instantes assistindo programas voltados para mulheres, seremos bombardeadas por padrões que me fazem duvidar que o moderno é ser livre para ser bela.
Rugas, manchas, olheiras, estrias, celulite… essas coisas comuns e naturais são proibidas. Vestir-se fora das tendências atuais da moda, nem pensar, isto é quase que um “crime inafiançável”! (você corre o risco de aparecer em alguma revista de moda na seção de erros e acertos).  Sair de “cara lavada” na rua é não ter o senso do ridículo. A indústria da moda tornou as mulheres que lutaram pela liberdade em escravas cegas, que não percebem sua condição servil.
Então eu volto meu olhar para o evangelho, e reconheço ali algo verdadeiramente libertador. Algo que me liberta da necessidade de estar sempre em consonância com as tendências, e que produz em mim a real beleza.
Fico triste em pensar que a escravidão gerada pela moda atinge mulheres que em tese deveriam ser livres pelo evangelho. Elas discutem por causa de comprimento de roupa, do uso de acessórios e da maquiagem. Mulheres cristãs, chamadas por Deus para uma nobre missão perdem seu tempo se desentendendo sobre os limites das pinturas e demais adornos, quando deveriam estar preocupadas com o desenvolvimento do caráter à semelhança do de Jesus. Então eu me pergunto, será que elas não perceberam que estão se fazendo escravas, quando poderiam ser livres?
Pense amiga, que loucura é a ideia de não poder sair na rua de “cara lavada”? Não estou aqui tratando a maquiagem como coisa do Diabo. Ela tem seu lugar, um lugar muito específico, mas tem. Pessoas com doenças de pele, como o vitiligo, por exemplo, às vezes necessitam da maquiagem para poder sair às ruas sem causar espanto, ou passar por situações constrangedoras (pois infelizmente a falta de informação faz as pessoas terem nojo de algo que sequer é contagioso). Alguém que vá a um programa de TV e não queira ter sua imagem empalidecida pelas luzes do estúdio também precisam recorrer a esta ferramenta (obviamente isto não tem nada a ver com encher a cara de cores e texturas; não é desta maquiagem que estou falando). Uma noiva, que deseja olhar com felicidade para as fotos que ficarão de recordação de seu casamento, também pode ser beneficiada por uma maquiagem corretiva. Esses são exemplos de casos pontuais. Algo muito diferente de ter que passar base, blush, delineador, pó, batom, rimel, etc… todos os dias para ir trabalhar, ou ir ao mercado, ou até mesmo ficar em casa. Isto é escravidão. E enquanto você acha que isto é ser livre para ser bela, e se incomoda com a visão conservadora, que você considera moralista ou legalista, da igreja, você está apenas se enganando e negando a verdadeira liberdade.
O mesmo ocorre com a forma de vestir – ter que comprar e usar sempre o que está na moda. Não analisar, sequer, se o modelo está em conformidade com a vontade de Deus. Usar roupas que expõe o corpo tornando a mulher cristã igual a todas as outras que não aceitaram a Jesus como seu Salvador pessoal. Isto é voltar à escravidão, uma vez que você foi liberta pelo sangue de Cristo. Quando Jesus morreu por você, uma das coisas que Ele lhe deu foi a liberdade para não ter sua beleza associada à exposição do seu corpo. Ele lhe tornou livre para não precisar andar como o mundo, escrava da moda. Ele lhe tornou livre para poder ser modesta enquanto o mundo prega que você deve ser sensual, deixar os ombros de fora (numa tentativa de ser sexy), usar decotes provocantes e roupas curtas e coladas. Ele lhe tornou livre para que você pudesse andar modesta, refletindo a luz dEle, não para ser confundida com alguém fútil e indecente. Mas, muitas vezes, nós mulheres, negamos esta liberdade, e com ela negamos O nosso Salvador.
Querida amiga, recentemente vi uma notícia de uma exposição de fotos de mulheres famosas, de “cara lavada”. Ontem, por indicação de uma de nossas leitoras, assisti a um vídeo (que compartilho abaixo), de gente secular chamando a atenção para esta escravidão em nome da beleza e da moda. Nós fomos chamadas para ser luz, mas se a nossa luz não brilhar, as pedras irão clamar. Nós poderíamos ensinar a todas as mulheres do mundo que elas não precisam ser escravas, mas como faremos se nós mesmas somos? Eu quero convidar você a tomar posse da liberdade que Cristo lhe oferece, e a ajudar outras mulheres a serem livres para serem belas

Postado por: Karyne M. Lira Correia

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Tic Tac



                   Sim, eu sei as responsabilidades... Elas não param, apenas crescem e para cada esfera uma vertente diferente de tempo, velocidade e peso. Essa fase inicial da vida adulta tem lá suas razões para bater em nosso coração com um conjunto sonoro de aflições, pressão psicológica e certa injuria que às vezes vem misturada com certa ansiedade. Tenho reparado meu tom exasperado, tenso e estressado.  Quando me pego planejando o futuro, e tentado ordenar a cronologia dos ligeiríssimos anos que me esperam, me alegro ao passo que me desespero, pois toda meta tem seus passos, mas para alcança-las precisaria inicialmente de um plano não?
                   Bom, quando cumpro uma etapa, como, por exemplo, intuir o que realmente almejo com a mistura dosada de realidade incutida, sinto uma alegria espontânea e revigorante em minhas veias quando consigo cumprir certas etapas tão cruciais e delicadas, o alvo, é importantíssimo.
Mas os dilemas não são tão simples assim, agora vem os pesares da labuta, para uma meta estabelecida e finamente planejada, precisa-se de um esquema pratico, eficiente, sólido e preciso para começar a trilhar no caminho rumo ao grande destino. A caminhada pode ser longa ou curta isso varia com o tamanho e o nível de importância que damos as metas ambicionadas.

Mas a questão é, como trilhar esse caminho?

Pois é, ai esta mais um desafio, mesmo tendo uma intuição interessante quanto como trilha-lo a pressão psicológica, a ansiedade e o estresse só fazem crescer um desespero que pode se tornar infindável e ser observado como uma grande esteira que impede os passos largos na direção desejada.

 E o medo? Afinal essa é a hora de testar as capacidades e apurar as habilidades, sim, a correria tem sido uma grande faculdade, só me pergunto se não sairei com o diploma trocado. Como posso querer o Norte se continuo a dirigir no sentido Sul?
Com pouco tempo para realizar metas significativas e de peso estritamente influenciáveis no que diz respeito ao meu futuro, teria de correr contra o tempo? Acredito que esse não é o plano original do fiel Senhor, mas dançar com forme a musica, andar na estrada certa desfrutando da estrada da vida, no seu devido tempo, talvez isso, se assemelhasse mais com os planos do Divino. Tempo ao seu devido Tempo, pois Tudo se fez belo e formoso em seu tempo. Correr incessantemente em direção ao destino é como atravessar uma bela cidade a 180km/h. Porque não desfrutar as belezas do percurso num ritmo menos acelerado?
Afinal quais são as prioridades?
A ansiedade não vai faze-la chegar mais rápido ou ser mais eficiente, ela só atrapalhara o seu delicioso percurso, pois junto dela vem os seus vizinhos inconvenientes o estresse, a lamuria, seus frutos pesando sobre a saúde do corpo, suas horas de sono, sua alimentação, a qualidade dos seus relacionamentos, em fim, com destino a ramificações extensas.
Procurar à verdadeira e eficaz bússola que apontara a real, significante e consistente paz, só podem vir de uma única fonte, o fiel e companheiro amigo que nos direciona o leme e acende a luz em meio à penumbra, o Espírito Onipotente e Onisciente que zela com amor e ternura por nossas vidas, Deus.
Ele pode conceder o mapa, nortear o caminho, iluminar nos trechos escuros e mais que isso ele pessoalmente pode conceder sua agradável companhia nessa viagem e junto de sua atmosfera de paz e refrigério conceder a proteção necessária, o consolo, abrigo e alivio que o estreito caminho nos oferece.   

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Inércia


               Por tanto tempo ela aprendeu viver e conviver com as doçuras e amarguras de uma vida congelada, exposta a uma vitrine do que ser e fazer. Vivendo dentro de uma novelinha quase perfeita.  Embora periodicamente confrontasse com as paredes desse mundo inerte, alimentava-o com dor inenarravel. Seria perceptível se fitasse os olhos nos dela por alguns minutos, veria da janelinha restrita uma pequenina alma contorcida. De aparência razoável. Paredes gélidas, num passa tempo que sustentavam seus pés fora do chão. Na ilusão de um engodo de quimeras, que ansiava desistir. E se esvair. de ir. até deixar de existir.
            Convencida de que sua “vidinha correta”, com destaque social, prestigio e reconhecimento das pessoas que a cercavam, seriam as doses suficientes para a sobrevida de mais um dia, traziam cor a vida cinza interior de seus conflitos. Um esquema de engodo, que amenizavam as dores que escondia no bolso proximo ao peito, do lado esquerdo. Retro-alimentavam o esquema automático e viciante de viver.  

Chegou a chuva, bateu violentamente em seu coração, derretendo a casa de açúcar. Que anunciaria as memórias póstumas de um ser novo que viria. Mais forte? O mesmo, mas melhor? Ou nova seriam todas as coisas?
 “A garotinha da capa da revista”. A “bonequinha clichê” pertencente a um mundo quase perfeito, dotado de inteligência, postura, graciosidade, beleza, popularidade, e até mesmo um altruísmo bastante ego centrado, não passavam de um mundo bonito que criou para conter suas dores emocionais. Espaço inerte e mal aproveitado, dentro de uma vida elástica. Na verdade essa grande estultícia que começou não se sabe onde, se infiltrou de tal maneira em seus dias, que se tornou um emaranhado sedutor para o seu coração, Uma grande armadilha rumo ao abismo. Veneno lento, de uma vã disparatada vida efêmera e rasa. A corrida incessante atras do vento, a cansou. Pois então, deixou de viver. e Viveu de novo; O novo!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Férias


Férias atípicas com muitas surpresas boas e bons momentos.


Dos dilemas complicados que só eu sei trazer a tona, me vejo hoje um pouco menos complicada -  livre, em paz, serena!

Acordei feliz, em outra cidade num outro estado, com novos ares e horizonte novo.

Abri a janela do 5° andar e senti a brisa e o calor do sol preencher de luz todo o quarto, amanheci na companhia agradável do meu Criador, numa companhia Que fez cantarolar o coração com melodias silenciosas de acalanto alegre - feliz. 

Um amanhecer de reflexões agradáveis sobre esse (tão) enternecedor momento. Envolta de presentes em forma de gente, de afeto, carinho, cuidado, e proteção segura. 

Com o coração cheio de gratidão, abastecido Dessa Presença magnânima - Divina.
Faz-me provar dessa presença, e me alegrar nEssa companhia.


Estar numa cidade que não é a minha sem sentir Sombras de desamparo, culpa ou remorso por deixar o ninho, têm-me  feito enorme bem.
Descobri que mesmo não estando sob o olhar tutelar, braços e pernas, dos meus pais, posso ficar bem, em segurança.