quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Daddy


Me ensinou muito sobre a vida, não com explicações fáceis discorridas com palavras lógicas, mais com muita filosofia, parábolas e exemplo.
Passou boa temporada da minha infância lutando em algum lugar por mim, esteve ausente para que eu pudesse estar protegida, educada e acolhida.
Lutou por mim, por meus irmãos, por nossa família. Quando pequena o tinha como entidade sagrada de eximia importância, carinhosa e exigente. Sei que nos seus dias solitários de madrugadas a fio naquele laboratório empoeirado, eram por amor, por nós e por si mesmo. Nós pequenos, éramos vulneráveis precisávamos de você, e a mamãe também.
Em minhas vagas lembranças, recordo de sua habilidade em tentar fazer-se presente mesmo na ausência, suas palavras cortantes, seu olhar explosivo e incrivelmente compadecido, suas frases célebres e espantosamente inéditas sempre que mais uma vez repetidas, seu terno e carinhoso abraço nos dias das minhas impetuosas tempestades de dilemas, chamado: Adolescência!, sua mão para me apoiar e levantar quando eu estava realmente sem saber para onde ir. Só você consegue me frustrar tantas e tantas vezes. E sua capacidade de tapar os ouvidos quando quer, e falar sempre o que pensa, muitas vezes não poupando minhas lagrimas, e aborrecimentos. Machuca, mas sei que é tentando ajudar. Voce tem uma necessidade grande de orientar.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Desaforo





Meu pico, meu teto, o furor que me atormenta, me assusta. Como conseguiu me deixar assim? Hoje eu senti tanta raiva, que estarrecida por essa densa nuvem negra pairada por sobre as minhas vistas, tive de experimentar o sabor amargo da cólera que me corroeu e dilacerou. Não sei dizer com detalhes, ou de forma organizada sobre o que estou sentindo. Mas o ventre embrulhado, a vista nublada, mãos e pés trêmulos, denunciam o desequilíbrio emocional que, nesse momento faz ferver os sangue que correm nas veias. E que esgotam a psiqué com a dor emocional da verdade que descobri, e infelizmente, a cada dia ainda venho descobrindo sobre voce. Angustiada por tudo isso, sinto raiva por me permitir sentir raiva, que mesmo com causa, me tirou de mim. E estou tentando me retomar, e acalmar tudo o que se agitou aqui dentro e parecem girar desenfreadamente. Voce conseguiu estimular uma hostilidade que desconhecia ter capacidade de sentir. Me roubou da paciência enfadonha em que me equilibrava para suportar sua presença exigente e austera. há, claro! E mentirosa. Ah, mas as mentiras? Descobri tarde! Voce colecionou uma porção de historias que só eram bonitas nelas mesmas, pois que? Todas falsas! 
O que posso fazer? 
Nao queria sentir o que estou sentindo, junto de tudo isso, me sinto uma completa idiota por me sentir culpada. Culpada? Ah, pois é mesmo incrível, minha capacidade infantil de sempre me culpar por tudo o que deu errado. Mania de me responsabilizar severamente pelo eventos mais imprevisíveis e funestos da vida. E a culpa da vez é por sentir uma raiva descomunal por voce, e sentir asco, e nauseas por todo mal que causou. Eu sei, racionalmente deveria perdoar, e não é nada cristão se doer de raiva por ninguém. Deus ama a todos. Talvez, embora não justifique, Ele mesmo deve compreender essa dor dilacerante que pulsa em indignação por todas as mentiras que me contou. 

Nesse momento só consigo deitar o corpo, o coração e a cabeça para ver se param de girar e me dar nauseas. 

domingo, 3 de outubro de 2010

Pais e Filhos




Hoje no Culto o sermão fazia uma chamada aos pais no tocante futuro de seus respectivos filhos.

"Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele"


Fiquei profundamente tocada ao ver um vídeo que mostrava uma realidade cruel, dolorosa e rica em ensinamento. No vídeo mostrava o caso de uma garotinha com uma doença grave de pele, tinha feridas por todo corpo, passava noites sem dormir devido à dor que a incomodava constantemente, ela porem não se deu por vencida por sua doença e não mostrava questionar a Deus ou procurar um culpado por sua condição física. Suas doces palavras diziam: “Sinto dores, muita dor, Porem sei que Deus não dá carga maior do que aquelas que possamos suportar”. Mesmo com tudo, essa pequena criança dedicou-se inteiramente a causa de Cristo, dizendo: “O tempo passa muito rápido, devemos usá-lo com sabedoria e pregar as boas novas do evangelho. Porque perdemos tanto tempo? Se temos a verdade porque não a comunicamos? Porque parece ser tão mais fácil contar coisas mentirosas?”.

Em quanto assistia ao testemunho me via como naquele velho ditado: “Em quanto reclamava de meus sapatos furados, deparei-me com aquele que não tinha pés”.

Temos o maldito habito de gastar o nosso precioso tempo com murmurinhos ínfimos, ao invés de expressar gratidão e extrair aprendizados do que nos parece ruim e penoso. Porem se cremos que Deus é conosco e fiel para guiar-nos porque fazemos tão pouco?

Em outros momentos da minha vida, Deus tratou e tocou profundamente em meu âmago acerca de minha ingratidão e meu mal habito de dar-me ao desprezível costume de reclamar e em murmurinhos me expressar. Sim, esse sermão fez-me reafirmar certas lições, Porem muito além dessa mensagem existe uma outra que falou mais alto ao meu coração, “Educação de filhos como Responsabilidade principal dos Pais”.

Sabe... Ainda não tenho filhos, pretendo um dia ser abençoado com a graça da maternidade, porem mesmo não sendo mãe; educação de crianças me fascina e é um assunto que me toca  por breves e longas reflexões sobre esta temática.

Pensando sozinha entendo que "Nenhum pai educará seus filhos se não se educar primeiro".

Nenhum pai disciplinará seus filhos sem que tenha aprendido a disciplina em sua vida. Não se pode esperar filhos tranqüilos se eles mesmos são violentos. Na pior das hipóteses terá filhos reprimidos, sem capacidade de tomar decisões, de agir. Os pais devem ser submissos a Deus, se desejam obediência da parte de seus filhos. A Bíblia ensina isto: “Tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo?” (Rm 2.21). os pais precisam de valores para terem o que passar a seus filhos.

Muitos pais pensam que cumprem suas obrigações ao darem colégios, comida e roupas de grife para os filhos. Não os educam. Deixam isto para as escolas. Não os evangelizam. Deixam isto para as professoras da Escola Bíblica e para o pastor. Não ensinam o evangelho em casa. Muitas mães acabam se tornando a doméstica dos filhos, fazendo tudo por eles para que tenham mais tempo para atividades frívolas, em vez de treiná-los a serem pessoas úteis. Há pais crentes que chegam a cúmulo de dar dinheiro aos filhos para comprarem cigarro para evitar que eles consigam dinheiro de maneira desonesta. E, pasmem, há pais crentes que levam filhos ao meretrício para iniciação sexual, para evitar “coisas piores”. Há coisas piores do que atitudes destas?

Como conseqüência, o lar, que deveria ser um paraíso, lugar de ordem, santidade e amor, uma miniatura do céu, degenerou-se em “um ponto de parada para o dia e um estacionamento para a noite”, conforme alguém sucintamente afirmou, Há lares cristãos que são lugares neutros, opacos, sem qualidade espiritual, absolutamente vazios. Há pais que querem dar um céu material e eletrônico, de conveniências, de circunstâncias sociais aos filhos. Esqueceram-se de Deus, do evangelho, da vida cristã. O mundo está ensinando às nossas famílias os seus valores e os da Igreja têm sido desprezados. Mudou o lar cristão. Mudaram os pais cristãos.
    "Deus deseja que nossas famílias sejam símbolos da família do Céu. Conservem pais e filhos em mente este fato cada dia, mantendo entre si relações de membros da família de Deus. Então sua vida será de tal natureza que dará ao mundo uma lição objetiva do que podem ser famílias que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos. Cristo será glorificado; Sua paz, graça e amor impregnarão o círculo da família como um precioso perfume".

  "Não há em muitas famílias aquela polidez cristã, aquela verdadeira cortesia, deferência e respeito mútuo que deveriam preparar os membros para se casarem e constituírem por sua vez famílias felizes. Em lugar da paciência, bondade, terna cortesia, e da simpatia e amor cristãos, há palavras ásperas, idéias em conflito e um espírito crítico e ditatorial".




Toda família cristã deve ilustrar ao mundo o poder e a excelência da influência cristã. ... Os pais devem avaliar sua responsabilidade de guardar seu lar livre de toda mancha de mal moral.







"O amor é uma planta de origem celeste, e precisa ser cultivada e nutrida. Corações afetivos, palavras verdadeiras, amoráveis, farão famílias felizes e exercerão influência própria para elevar em todos quantos entram na esfera dessa influência".



domingo, 5 de setembro de 2010

Quase como?












Por vezes me pergunto se

Não seria mais fácil apenas viver?
Sem ter de ver
Mexer no obscuro da alma
O que esta no profundo do existir às vezes dói
Dor aguda é a que venho sentindo
No descobrir-me de cada dia
Mas crônico seria se
Continuasse a ocultar o existir

Ser feliz?
Posso ser?

Sonhos eu desfiz
E refiz
Me ressenti
Me perdoei

E simplesmente entendi que Amar é simplesmente Amar
Sem motivações precisa o Amor para existir
Neste amor me refiz

Desafio é viver a cada dia de peito aberto
Encarar o cruel obscuro do âmago dolorido
Dia a dia de frente
E a frente firmar-se em fé e em um porvir

Conter-se não é fácil!
Sofrer é difícil
Crescer é descobrir-se
É viver!
E de tudo aprender

É preciso lutar mais que outros e menos que ontem
Tomando cada um a suas partes
Vendo, crendo, tocando, sentindo e tratando
Certamente a esperança é q perdure e persista
A simplicidade do existir



Lado a lado

Dia a dia
E disso nasceria, pois, o genuíno?
O puro?

Amor?