sábado, 29 de dezembro de 2012

Os mesmos sonhos


 [Soneto sem causa]
 
             Às vezes eu sonho com vc. Com minhas pequenas regando um jardim, sorrindo para mim. Com todos aqueles bichinhos correndo, quietinhos. Dormindo acordada escuto sua serenata bem cedinho, feliz. Ouço chuva, chuviscando, e a garoa me molhando. O sol morno e o céu azulzinho brilhando, com suas nuvens brancas fofinhas sombreando. A brisa suave perpassando, leve. Fresquinha, me abraçando. E todo o verde vivo da grama geladinha, com suas arvores frondosas, fartas, frutíferas e vigorosas. Com seus passarinhos em melodias melosas de favor, cantando para nós amor, amor. O balancinho de madeira que me embala, no balanço, tão alto, descontraído, com fino sonido daquele ocorrido... Resolvido. Ao me abraçar voce me faz olhar as flores que plantei, e que hoje brotam, delicadas, exalando o perfume das lembranças... Da saudade a chorar, que por amor a esperar, me faz ansiar. Dos meus sonhos, só mais um estou a guardar. Um maior, superior. Vem do céu. Meu presente, favorito, predileto, meu querido meu amigo, meu melhor amor, meu Senhor. 

Só mais um pouquinho.
Meu amor.



sábado, 15 de dezembro de 2012

No devido tempo





O tempo de Deus ñ é o tempo do homem. Infelizmente, na opinião humana. Felizmente, na opinião de Deus. Para entender isso, a criatura precisa atravessar o vale da dor e da frustração aonde a sua teimosia o leva. Todos somos assim, apressados e imediatistas, queremos que as coisas aconteçam aqui e agora. Talvez porque a vida é curta para realizar tantos sonhos e projetos... Mas se confiarmos no Senhor e partirmos pra batalha e, apesar disso, as coisas ñ saírem como queríamos, é hora de termos paciência. Por os olhos em Jesus e esperar o tempo dEle. Ele virá.  Na hora certa. Nem antes, para que ñ nos deslumbremos, nem depois, para que os inimigos ñ caçoem de nossa fé. O êxito não é uma meta para se alcançar. É um processo que envolve confiança em Deus, luta, esforço, lágrimas, aparentes derrotas e, acima de tudo, paciência.

Hoje é dia de buscarmos os seres que amamos, e dizer-lhes quão valiosos são. Anima-los e encorajá-los. Pois as pessoas são como um espelho. Se vc sorri, elas sorriem; se fechar o rosto, receberá a mesma imagem.


       Por isso quero sair e amar, dar desse precioso amor ! 
Quero te levar no meu olhar, abraçar, falar e cantar, sorrir e apreciar.
Sua presença é tudo o que mais preciso. Fique comigo meu amigo, meu querido, meu Jesus.




Janelas para a vida, Alejandro Bullón, pg 83.

Subir ou Descer?


Algumas vezes vc parou para pensar se desce ou sobe? Ou simplesmente corre de um lado para o outro tentando encontrar a saída? Outro dia, alguém se queixou: "Não sei o q acontece comigo. Trabalho como uma louca, ninguém pode me acusar de preguiçosa, mas não vejo o fruto do meu trabalho!" Já aconteceu isso com você?  será que está confundindo atividade com eficiência?  A pessoa sabia não sai de manhã correndo "como uma louca". Ela coloca a vida nas mãos de Deus, revisa o programa  de atividades, determina prioridades, organiza o trabalho e parte para a execução.
O trabalho que vc tem diante de si pode ser enorme, o sonho que vc quer ver realizado pode ser grande. Mas, se vc for sábio, ñ tentará realizá-lo de uma só vez. Entenderá que toda realização grande é um conjunto de pequenas realizações.  Um tijolo agora, outro mais tarde. Uma parede hoje, outra amanhã. e, em pouco tempo, você verá o edifício acabado. 
A vida é como um prédio. estabeleça metas e avance destemidamente. você nunca está sozinho. Jesus está ao seu lado para animá-lo cada vez que as forças parecerem abandoná-lo.
Suba. A recompensa sempre se encontra em cima.  Descer é fácil. É só para e já começa a retroceder. O caminho dos sábios nos conduz para o alto. 
"Faça de hoje um dia de vitória. Ame, perdoe; peça perdão, revise seus objetivos e seja feliz porque: Pàra o sábio há o caminho da vida que o leva para cima, a fim de evitar o inferno, embaixo"

Janelas para a vida, Alejandro Bullón, pg.82


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Sábado




O Sétimo dia será sempre o favorito, é deleitoso, prazenteiro, cheio de graça especial. Uma porção de amor é generosamente derramada nesse dia. É o dia separado, Santificado. Onde o meu Bondoso Criador o separou para que eu pudesse me abster das preocupações corriqueiras inerentes a esse mundo e assim ser divinamente renovada. Isso me achega ao coração do Pai. Me fortalece e me salva de mim mesma. Seis dias para correr atrás dos meus interesses trabalhos, estudos, lazeres, e afins. Mas o sétimo, ah, o Sétimo é o dia em que eu me abstenho de tudo para ter uma mente e tempo devoto ao meu grande Amor, no encontro mais ansiado da semana, não que nos outros dias não se possa desfrutar da companhia Celestial, aliás, é dever diário buscar amizade de Deus e a ele face a face comungar. Porém no sétimo dia posso abster-me das distrações para apenas Nele, com Ele estar, me derramar, adorar. Sou feliz por meu Criador que com sua infinita sabedoria reservou esse dia para nós dois.

Nesses últimos dias tenho sido interpelada por olhares rasantes de incompreensão e certo espanto quando compartilho desse tesouro tão maravilhoso: Sábado dia de descanso. Dia de descanso das MINHAS obras para Obras direcionadas, obras que me aproximarão do meu Criador. Servir a um irmão dando-lhe um par de ouvidos cheio de compaixão, uma visita a um doente, a um aflito, estar em meio a natureza onde ali esta os restolhos da formosura da criação, levar uma palavra de esperança aos que carecem, cantar, ler e meditar na fonte de vida: A bíblia, refletir sobre as coisas do alto, conversar com o amigo querido e presente Espírito Santo. E fazer tudo ou qualquer coisa que vá me aproximar ainda mais do meu Amado Senhor.

Mesmo nesse mundo arbitrário à lei Divina, mesmo a lei arbitrária inserida no cerne do pecador desde o nascimento, mesmo com todas as intempéries, com toda dor e lástimas terríveis que assolam a alma, com as tentações e investidas cruéis e baixas do tentador, que luta para nos tirar do estreito caminho, que luta para nos distrair, iludir, alienar. Mesmo com tudo, não desistir, Ele vem logo. Não desistir, Ele dará auxilio. NEle há refúgio, socorro, consolo, Redenção e Paz. Mesmo com tudo entendi que o Sábado é especial, mesmo quando sou assaltada, mesmo quando as coisas parecem difíceis, mesmo assim me agarro a Ele. Me apego a sua soberania e reconheço minha dependência e carência dEle.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Separação e Luto. Pais.




Separados da graça divina, somos forçados a experimentar o pior desamparo. O desamparo do único amor que pode preencher o cerne profundo da carência humana. Por causa da infeliz escolha de Eva em condescender com sua soberba, toda a humanidade geração após geração tem provado o sabor amargo de sua terrível fraqueza.
Dor cruel que dilacera.

Hoje me vejo provando desse cálice doído. Por consequência de sua escolha, sou forçada a sentir as agulhadas dessa maldição. Sei que casais se separam o tempo todo, num mundo de relações cada vez mais descartáveis. Famílias se desfazem, pais matam filhos e filhos aos seus pais. Homens roubam, maquilham, enganam. Tantas são as tragédias, discórdias, violência. Tanta fome, escassez, doenças e mortes. São tantas as pestilências que nos assola entre o inflar e esvazar dos pulmões. Que sufoca ! 

Mas, bem. Pense bem, foram mais de três décadas de casamento! Na metade dele eu assisti a animosidade de uma guerra fria travada por anos. Até cheguei a desejar que esse dia (o dia de hoje) chegasse logo. Na expectativa de acabar com essa tortura psicológica que sempre pesou para os mais fracos. 

Eu, a ponta frágil da família me vi com o ônus de uma tarefa desafiadora. não era responsabilidade minha, e não deveria ser para filho nenhum, ficar incumbido de segurar dois polos sobre pressão. Dois opostos em uma união quebrada vivendo a ilusão de um reconcilio. Nao acho impossível, mas é tao conflituoso, que se torna indissociável toda a dor que isso causa. Segurar nas mãos juvenis um casal separado, que dependem de voce para coexistirem, é indigesto. Desde pequena minha ansiedade frente a isso revirava meu estômago e consumia muita energia. Eu não, embora consciente de toda dor emocional que vivi, queria que o fim se estabelecesse em divorcio. Embora eu desejasse com todas as forças que algo acontecesse logo. (por chegar a duvidar de quanto tempo mais meus braços frágeis suportariam o peso dos conflitos deles). Nao queria ter de enfrentar o luto. A tristeza de ver a família dividida. Esta massivo neste momento. Sempre fomos um  clã  obsessivamente unido. De forma até opressora, pois tenho um pai tradicional, exigente e sistemático. Os excessos de cuidado e zelo, por vezes pareciam me asfixiar. E em outros momentos pareciam faltar cuidado. Ao passo que sinto o ar voltar para os pulmões, e um tipo de liberdade para se recompor. Me sinto de coração pesado. Dilacera a sensação de perda. E agora? Como se estabeleceram as coisas daqui para frente? E nossos almoços aos domingos? Nossas idas ao restaurante no sábado a noite? Nossos natais? Nossas viagens de família? 

Sei que meu queixar dolorido de uma família "formalmente" desfeita, é facilmente compreendido como grão de areia despercebido num vasto mar. Sei que entrever como banalidade qualquer, é a forma mais simplista de negar o sofrer, o ver, e o enlutar. 

Mas, o que consola mesmo, é saber que Ele vê, ouve , sente e faz ! Suas mãos acolhedoras é tudo o que quero. É quem pode remover as ferpas perpassadas por entre os pontos cardeais desse coração sofrido. Não era plano de Deus que as famílias se desfizessem! mácula ou mancha. definitivamente não era o seu plano original.

Meu consolo é a confiança de que A mão onipotente pode me segurar, e com ternura enxugar a tristeza que escorre e goteja sem parar. A turbulência dos meus sentimentos, dos pensamentos que me congestionam e fazem meu mundo girar. Podem encontrar amparo. E vou poder pela manha sorrir com os olhos pela gratidão e certeza de um amor que não se explica... Mas salva.