sexta-feira, 19 de junho de 2015

Nugativo.

Com tanta futilidade e autorreferência extensiva. Fica difícil caminhar sem notar o óbvio.

Tantos preciosos seres imersos em engodos sedutores. Que se vestem de entretenimento, comida, roupas, carros, viagens utópicas, acessórios de beleza, tecnologia e coisas que o dinheiro pode proporcionar.

Tanto apelo e tanta ostentação vaidosa vestida de uma aparente "piedade". Tanto secularismo transvestidos de Amor. Tanto exibicionismo que só faz notar o "eu" que tanto deseja notar-se. Que tanto súplica por amor.

E no fundo tudo grita, e grita por ausência.
Vazio,
E dor.


Só que existe apenas uma vereda para o justo.
O infalível Amor é que sacia a fome.

Só que amor é termo tão banalizado e mal compreendido, que dizer que o Verdadeiro AMOR é VERBO que se fez CARNE, pode soar piegas demais pra se levar a sério. Mas não, não é.
Ele nos ama.

Bucolismo

Tenho me angustiado com o insofismável conceito bucólico narrado pelo Criador. E quando o peito aperta, as mãos escrevem pra alíviar a dor da minha impotência diante das coisas que me pego absorta.

Esse texto não possui a intenção de insultar os amantes dos prazeres tecnológicos, que por sua vez (talvez, uma maioria) tiveram apenas uma única e solitária experiência de um existir metropolitano.

Peço que ao menos se dêem a chance de repensar.

Pode existir um lugar melhor. Na simplicidade do aconchego das flores. Do colírio pros olhos de lugares incríveis e inimagináveis. E não me refiro a lugares paradisíacos e raros em exuberância. Mas em verdes campestres, floridos e completos com colinas, montanhas e árvores.


Lugares simples e belos por assim serem.


Onde a paz reside e a voz de Deus pode ser facilmente ouvida no cantarolar das águas de um simplório ribeirinho, ou dos passarinhos que felizes o adoram.

Dedico esse texto a todos que possuem siso e apreço pelo que ainda nos importa significar.

Que ainda nos importa sensibilizar. Refletir e pensar.

Tão perfeita poesia é, o cenário de paz e sossego que traz em si a vida bucólica. A vida campestre por si só enaltece a simplicidade, a ingenuidade dos costumes, a tranquilidade e riqueza do contato com a natureza. Em contraste com o corre-corre, confusão e agitação da vida na cidade. O pleno desenvolvimento dos centros urbanos representa à opressão onde o caos vigora por todos os lados e com as mais ardis intenções e intensidades. A paisagem bucólica representa um refúgio e refrigério do tormento ruidoso dos grandes centros que com seus entretenimentos rasos nos iludem num ciclo vicioso de uma pseudo realidade - pseudo vida. Uma terrível miopia que se veste em repertório falacioso de ser e ter das coisas que um conjunto simplório de ideais fastidiosos (odiosos) nos impõe em curvas, cores, sons hipnóticos e sabor sintético vicioso.

Nos foi imposto a falsa ideia de que esse tipo de vida é o que de "melhor" nos seria. E "bestamente" abrimos mãos de tamanho tesouro - herança e legado ! A natureza é residência divina. O prazer que a vida bucólica opera pelos que a apreciam faz e muito em restaurar a saúde mental, física e intelectual. Pensamento límpido, plenitude de paz e abundância de dias se encontra nesse tesouro perdido.

Em terrível lamento contemplo a destruição imperiosa dos valores que dantes firmamos em Cristo e por Cristo !
Apelo para que voltemos as veredas antigas.

A caso ainda restam dúvidas que o humano embruteceu em violência inexorável? Restam dúvidas da influência desencadeada pela loucura da vida secularizada?

Restam dúvidas quanto as delícias campestres ?

" Não é o plano de Deus que moremos na cidade — Em todo o mundo as cidades estão se tornando viveiros de vícios. Por toda parte se vê e ouve o que é mau, e encontram-se estimulantes à sensualidade e ao desregramento. Avoluma-se incessantemente a onda de corrupção e de crime. Cada dia oferece um registro de violência: roubos, assassínios, suicídios e crimes inomináveis. – {VC 10.1}

A vida nas cidades é falsa e artificial. A intensa paixão de ganhar dinheiro, o redemoinho da excitação e da corrida aos prazeres, a sede de ostentação, de luxo e extravagância, tudo são forças que, no que respeita à maioria da humanidade, desviam o espírito do verdadeiro desígnio da vida. Abrem a porta para milhares de males. Estas coisas exercem sobre a juventude uma força quase irresistível." – {VC 10.2}